quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Biocombustíveis e o uso de microalgas

O uso de microalgas como matéria-prima na produção de biocombustíveis será um dos assuntos em destaque na quarta edição do Seminário Alagoano do Biodiesel, que acontece na quinta-feira (26), a partir das 9h, no auditório do Sebrae. O evento é organizado pelo Comitê Estadual do Probiodiesel, uma ação conjunta do Governo de Alagoas, através das secretarias do Planejamento e Orçamento e da Agricultura, além do Sebrae/AL.

O seminário tem como objetivo proporcionar o intercâmbio de informações sobre a produção de biocombustíveis. Também visa promover o agronegócio da mamona, que é a matéria-prima natural mais utilizada em Alagoas na produção de biodiesel e considerada como uma fonte de energia renovável de fácil cultivo.

A palestra sobre as microalgas será apresentada pelo biólogo e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sérgio de Oliveira Lourenço. Ele é autor do livro Cultivo de Microalgas Marinhas: princípios e aplicações. O professor também coordena a maior coleção de microalgas marinhas em cultivo e atualmente preside a Associação Brasileira de Biologia Marinha.

Segundo Lourenço, o Brasil tem um grande potencial no cultivo de microalgas. O especialista identificou dezenas de espécies com potencial para produzir o biodiesel em larga escala. Estudos desenvolvidos pelo Instituto de Biologia da UFF indicam que as microalgas encontradas no litoral brasileiro têm potencial energético para produzir 90 mil quilos de óleo por hectare.

“O biodiesel de microalgas libera ainda menos gás carbônico na atmosfera do que os combustíveis fósseis e combate o efeito estufa e o superaquecimento. Mas não são todas as espécies com potencial para gerar biocombustível”, afirma o professor. Entre as que já foram identicadas, algumas poderiam ser aplicadas para a produção do bioquerosene, maior interesse do setor da aviação na atualidade.

Além das microalgas e da experiência desenvolvida com a mamona no município de Atalaia, outros temas em destaque são as perspectivas de uso do pinhão manso e o uso do óleo residual na produção do biocombustíveis.
Fonte: Agência Sebrae

Nenhum comentário:

Postar um comentário