sexta-feira, 25 de março de 2011

Brasil: Secretário disse que empresários terão que investir em Energia Alternativa

Pobre também deveria ter painel solar, diz secretário do Clima

O novo secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, tem dois recados para os empresários do país: se quiserem investir em energia alternativa, haverá crédito barato do governo. Se não quiserem, vão ter de investir do mesmo jeito.

Engenheiro com doutorado em hidrologia, o pesquisador da Embrapa Informática assumiu o cargo na semana passada, com carta branca da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para formular a política climática.

Ele diz que o recém-criado Fundo Clima, que começa neste ano com R$ 229 milhões, será o principal incentivador do desenvolvimento de tecnologias como energia solar, de marés e biodiesel.

Mas avisa que essas mesmas linhas de crédito devem abrir no governo o debate sobre restrições a financiamento para quem não quiser adotar tecnologias limpas. “Soltou-se essa lebre”, afirma.

Um entrave sério, para ele, é a maneira de pensar em energia no Brasil. “Num país cuja mentalidade de geração de energia nos últimos 50 anos foi hidrelétrica, você tem posições que são refratárias imediatamente”, diz.

“Se eu puder tomar meu banho com energia solar, será um passo razoável. Isso não é novo: a classe média alta em todas as cidades brasileiras já faz isso. Por que o pobre não pode fazer?”

Folha – O que muda na secretaria de Mudança Climática?
Eduardo Assad – Estamos num processo de discussão. Hoje a secretaria se chama Secretaria de Mudança Climática e Qualidade Ambiental, provavelmente vai se chamar Secretaria de Mudança Climática e Recursos Hídricos, talvez florestas, para você ter mais aderência nessas questões todas. Uma das nossas missões é acompanhar o desmatamento. Outra é acompanhar políticas para reduzir desertificação. Acompanhar reduções de gases de efeito estufa. Discutir, acompanhar e participar dos sistemas de alerta.

Existe uma previsão no Fundo Clima de recursos para pesquisa em energia solar. Mas é pouco, não?
É pouco. Mas a boa notícia é que agora tem. Vamos competir com o setor elétrico? Absolutamente! O que nós queremos é que, naquelas regiões do Brasil onde você tem problemas de distribuição, áreas pequenas, municípios com 5.000, 10 mil habitantes, por que não utilizar energia solar, pelo menos para aquecer a água? Isso não pode ser uma opção somente das áreas urbanas, da classe média alta. Por que o pobre não pode usar coletor solar?

O Brasil tem condições hoje de usar energia fotovoltaica?
Tem. Existe um grupo no Rio Grande do Sul que desenvolveu um material muito legal e bastante eficiente. Então vamos agitar isso para encontrar soluções que falem, por exemplo, de refrigeração solar para preservar alimentos no sertão? Isso não é novo, é do meu tempo de estudante. É caro? É caro. Mas nas áreas mais afastadas dos grandes centros talvez não seja tão caro.

Vamos começar pelo começo, por aquelas áreas onde você pode fazer isso de uma forma mais eficiente. Isso gera demanda de pesquisa, de novos materiais, de eficiência. E você vê a partir daí se é possível.

Num país cuja mentalidade de geração de energia nos últimos 50 anos foi hidrelétrica, obviamente você tem posições que são refratárias imediatamente. E cálculos enormes dizendo que não é isso, que não é aquilo…

Quando você discute essas coisas, tem de olhar para o futuro, num horizonte de 40 anos, de 50 anos. Só que 30 anos atrás já se falava disso. E não se fez. Outra coisa importante: 8.000 km de costa e você não tem energia de marés. Por quê?

Também existem populações na beira do mar que têm dificuldade de ter energia. E é um absurdo não ter nenhum protótipo instalado. A iniciativa privada não quer? Tá bom, o governo quer.

E o Brasil comprou um protótipo da Alemanha?
Não sei se da Alemanha, mas comprou de fora.

Não é um pouco ingênuo achar que só porque existe dinheiro e expertise no país o negócio vai ser feito? Nosso empresariado é cronicamente ruim de inovação.
Vamos dizer que nós estamos mais ou menos na situação em que os EUA estavam em 1930, 1940, quando se decidiu que todos os equipamentos usados em ciência e tecnologia deveriam ser americanos. No momento em que isso foi feito, várias indústrias cresceram. Nós em grande parte perdemos esse “timing” no Brasil. Mas o governo pode sinalizar que está trabalhando nessa linha, energia renovável. Se eu coloco esse dinheiro a juros de mercado, ninguém vai pegar. Então nós vamos atrair recursos para isso.

Mas não basta oferecer a cenoura do juro barato, é preciso dar o chicote da regulação.
Vamos tentar pensar na posição mais favorável, não na cobrança, mas no incentivo: você tem de um lado esse incentivo, de outro um programa imenso no MCT de inovação, que precisa de recurso nosso para avançar.
Alguns exemplos importantes no Brasil surgiram nessa linha de energia. O exemplo de São Paulo e de Gramacho, do aterro sanitário, é fantástico. Você recicla, gera energia e atende 600 mil pessoas. É o melhor dos mundos. Dentro da lógica da redução de emissões, opções novas vão ter de surgir. Jogar pedra em energia solar, isso se faz há 30 anos.

Fonte: Folha.com



terça-feira, 22 de março de 2011

Falta de água no Brasil já é uma realidade

ANA calcula que 55% podem ter desabastecimento até 2015 no país.

Para garantir suprimento, seria necessário investir R$ 70 bilhões até 2025.


Um atlas a ser lançado nesta terça-feira (22) pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015.

De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos. O número equivale a 73% da demanda de água no país.

Ainda de acordo com a publicação, “a maior parte dos problemas de abastecimento urbano no país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção” - 84% das sedes urbanas necessitam investimentos para adequação de seus sistemas produtores de água e 16% apresentam déficits decorrentes dos mananciais utilizados.

O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA.

Para contornar essa dificuldade, seriam necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025 na ampliação e adequação de sistemas produtores ou no aproveitamento de novos mananciais, calcula a agência.

"A maioria dos municípios brasileiros apresenta algum grau de comprometimento da qualidade das águas dos mananciais, exigindo aportes de investimentos na proteção das captações. Desse modo, foram recomendados no atlas R$ 47,8 bilhões de investimentos em coleta e tratamento de esgotos nos municípios localizados à montante (rio acima) das captações com indicativosde poluição hídrica", diz o livro.

O total de investimentos propostos em ampliação e melhoria dos sistemas de água e esgotos é de R$ 70,0 bilhões.

Estado atual

A capacidade total dos sistemas produtores de água em operação no país é de aproximadamente 587 mil litros por segundo, bastante próxima às demandas máximas atuais, que gira em torno de 543 mil litros por segundo. Isso implica que grande parte das unidades está no limite de sua capacidade operacional. A região Sudeste apresenta 51% da capacidade instalada de produção de água, seguida das regiões Nordeste (21%), Sul (15%), Norte (7%) e Centro-Oeste (6%);

As Regiões Norte e Nordeste são as que possuem, proporcionalmente, as maiores necessidades de investimentos em sistemas produtores de água - mais de 59% das sedes urbanas. Entre os problemas dessas regiões destacam-se a precariedade dos pequenos sistemas de abastecimento de água do Norte, a escassez da porção semiárida e a baixa disponibilidade de água das bacias hidrográficas litorâneas do Nordeste.

Na Região Sudeste, muitos problemas de abastecimento decorrem da elevada concentração urbana. A agência vai colocar o atlas à disposição do público no endereço www.ana.gov.br/atlas

Fonte: http://g1.globo.com

terça-feira, 15 de março de 2011

Futuro promissor das Energias "Limpas"

Energias limpas registram rendimentos de US$ 188bi

Autor: Fabiano Ávila

A expansão dos lucros das indústrias de renováveis até 2010 foi muito mais rápida do que a prevista por especialistas e a atual procura por ações dessas empresas, por causa da crise nuclear, projetam um 2011 ainda melhor

A tragédia natural no Japão, que assumiu agora os contornos de uma crise nuclear com o vazamento de material radioativo da usina de Fukushima, está fazendo com que as ações de empresas de energias renováveis sejam muito atrativas para os investidores, o que deve resultar em um crescimento recorde no setor em 2011.

Não que as indústrias solar fotovoltaica (PV), eólica e de biocombustível estivessem atravessando um momento ruim. Muito pelo contrário. Segundo o relatório Clean Energy Trends 2011, divulgado nessa segunda-feira (14) pela consultoria norte-americana Clean Edge, esse setor apresentou em 2010 uma alta de 35,2%nos seus rendimentos, chegando a marca dos US$ 188,1 bilhões.

O relatório, em sua décima edição, mostra que ao longo da última década as energias solar PV e eólica registraram um crescimento médio de 30% a 40%, respectivamente. Uma alta muito além do que as primeiras edições do estudo imaginavam.

Há 10 anos, a Clean Edge previu que a energia solar iria passar de um mercado de US$ 2,5 bilhões para US$ 23,5 bilhões em 2010 e o eólico iria aumentar de US$ 4 bilhões para US$ 43,5 bilhões. Mas estas previsões, consideradas otimistas na época, acabaram se mostrando muito inferiores à realidade, com a energia solar PV subindo cerca de 300% e a eólica 50% além das estimativas.

“Na última década testemunhamos as energias limpas se transformando em grandes oportunidades de negócios e hoje suas taxas de crescimento estão no mesmo patamar daquelas apresentadas por outras revoluções tecnológicas, como a telefonia, computadores e Internet”, explicou Ron Pernick, um dos fundadores da Clean Edge.

Segundo dados do relatório, o mercado global de energia solar PV expandiu de US$ 2,5 bilhões em 2000 para US$ 71,2 bilhões em 2010, representando um aumento de 39,8%.

Por sua vez a energia eólica passou de US$ 4,5 bilhões em 2000 para US$ 60,5 bilhões, uma alta de 29,7%.

Os biocombustíveis (etanol e biodiesel) chegaram a marca de US$ 56,4 bilhões no ano passado e devem alcançar US$ 112,8 bilhões até 2020. A produção de biocombustíveis em 2010 foi de 102 bilhões de litros, bem acima dos 87 bilhões de 2009.

“Nós esperamos uma desaceleração no crescimento das renováveis assim que elas alcançarem uma maior fatia do mercado nos próximos anos, mas ainda existe uma grande margem para expansão”, concluiu Pernick.

Ações em Alta

O relatório da Clean Edge foi produzido antes dos acontecimentos recentes no Japão, caso contrário possivelmente apostaria em um crescimento recorde das energias renováveis.

As preocupações com a segurança de instalações nucleares estão levando diversos países a reverem seus planos de expansão para esse tipo de energia, o que, por consequência, derrubou as ações de empresas ligadas ao setor.

As ações da Toshiba Corp, que é proprietária da companhia de construção de usinas Westinghouse, caíram 19,46%. A General Eletric, que também possui grandes investimentos na tecnologia nuclear, fechou a segunda-feira com uma queda de 4,1% no mercado norte-americano.
Já as empresas de energias renováveis apresentaram fortes altas por todo o mundo. No momento, as cinco melhores ações do índice alemão de tecnologia (TECDAX) pertencem a empresas do setor. A Conergy registrou a maior alta, chegando a 71%. SolarWorld, SMA Solar, Q-Cells e Nordex fecharam com altas entre 10% a 23%. Já a Vestas Wind Systems subiu 7,4% na bolsa de Copenhague.

Diante de toda essa procura dos investidores e com as possíveis alterações nos planos energéticos das nações – que também estão preocupadas com o aumento do preço do barril de petróleo devido à instabilidade no Oriente Médio - parece certo que teremos um novo boom das energias renováveis neste ano.

Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

sexta-feira, 11 de março de 2011

Man Invents Machine To Convert Plastic Into Oil

In an efficient and safe effort to save us from the ill-effects of plastic waste, Akinori Ito has developed a machine which converts plastic back into oil.

Click no link abaixo e veja como transformar plástico em um derivado do petróleo:

quinta-feira, 3 de março de 2011

White Roofs can Save $735 Million Per Year


Energy Secretary mandates Energy Department to Install White Roofs

U.S. energy secretary Steven Chu, is urging Americans to help cool the planet and add money to their pockets by painting their roofs white, a color that reflects the highest amount of sunlight. In addition, he's mandating all Energy Department offices to install white roofs and urging other federal agencies to follow suit.

“When you’re thinking of putting on a new roof, make it [a] white [roof],” Secretary Chu told Jon Stewart’s of the “Daily Show” in 2009. “It costs no more to make it white than to make it black.”

“Cool [white] roofs are one of the quickest and lowest-cost ways we can reduce our global carbon emissions and begin the hard work of slowing climate change,” he said in a statement.

White roofs can also put money back in your pockets. A 2009 study by the Lawrence Berkeley National Laboratory’s Heat Island Group found that if 80 percent of air-conditioned buildings in the United States were retrofitted with white roofs, the U.S. would save $735 million a year in reduced energy costs and would reduce emissions equivalent to that of 1.2 million cars.

Another Berkeley Lab study published this year found that increasing the reflectivity of urban roofs in areas with a population of over one million would reduce the yearly island heating effect in an amount equivalent to the carbon emissions of 300 million cars.

Fonte: buildaroo.com