terça-feira, 30 de março de 2010

Papel Higiênico de folhas A4

SÃO PAULO – Cientistas japoneses criaram um método criativo de reaproveitar a grande quantidade de folhas A4, A3, Office e etc desperdiçadas no escritório: transformá-las em papel higiênico.

Desenvolvida pela Oriental Co Ltd, a máquina que faz o serviço foi chamada de 'White Goat' e pesa quase 600 quilos.O funcionamento é muito simples: basta adicionar água e papel picado para que, em 30 minutos, saia um rolo – um detalhe: a máquina já vem com uma picadora embutida.

Lá dentro, o papel é dissolvido em uma polpa e todos os materiais estranhos são removidos antes do processo que afina, seca e enrola a massa.

São necessárias 40 folhas A4 para formar um rolo, e a empresa afirma que a economia é, em média, de 60 árvores por ano.

A máquina ganhou o prêmio de inovação da Feira Internacional Eco-products 2010 e deve estar disponível para compra a partir do segundo semestre. O preço, no entanto, pode ser um problema: US$100 mil – cerca de R$180 mil.

Fazendo uma conta rápida, considerando que o preço unitário médio de cada rolo de papel higiênico é R$1,25, seriam necessários 144 mil rolos de papel higiênico produzidos para compensar a compra da máquina.

É de se pensar: quanto tempo sua empresa leva para usar tudo isso?

Fonte: Paula Rothman, de INFO Online

quinta-feira, 25 de março de 2010

Falta de Energia na Terra do Chavismo

A Venezuela está atravessando uma grave seca e uma crise energética que desencadeou consequências esperadas e outras verdadeiramente surpreendentes.

Entre elas, está o ressurgimento das ruínas de Potosí, um povoado que foi inundado há 25 anos pela construção de um complexo hidreelétrico.

Segundo informa a BBC Brasil, o povoado ressurgiu quando o nível da água da represa baixou 30 metros, deixando à mostra igreja de Potosí, no estado de Tachira. Em seguida, ressurgiram a prefeitura, o cemitério, a praça central e as estátuas do povoado.

Alguns antigos habitantes estão voltando para visitá-lo e o local está se tornando uma atração para os turistas. Mas por mais que o fato possa parecer nostálgico e até simpático, ele também põe a descoberto a grave crise de água e energia que o país atravessa.

O presidente Hugo Chávez já havia declarado estado de emergência e anunciado multas a quem não economizasse água e energia, mas agora a situação é crítica.

Como é dependente da energia hidrelétrica, a seca afeta diretamente o fornecimento de energia na Venezuela. Com a falta de água, várias represas hidrelétricas não estão trabalhando normalmente e cortes de energia ocorrem diariamente em vários estados do país.

Segundo o governo, a dependência energética, o El Niño e o desperdício dos consumidores são as causas do problema.

Para tentar encontrar uma solução, o governo lançou recentemente um Fundo Energético para investimentos, sem necessidade de licitações para o setor, e anunciou que pretende injetar 4 bilhões de dólares para ampliar a matriz em 4000 MWh.

A Venezuela não é o único país que enfrenta problemas energéticos. Com economias em crescimento, vários países da América Latina se encontram na mesma situação – mas eles não contam com povoados fantasma ressurgindo das profundezas para lembrá-los disso.

Fonte: Discovery

quarta-feira, 24 de março de 2010

Energia Química, Sexo & Desmatamento

Conselho de Lancashire emitiu ordem de desmatamento.
Órgãos de defesa do meio ambiente reclamaram da ação.


Cerca de 12 hectares na região de Darwen, Lancashire, na Inglaterra, foram limpos recentemente para evitar que a região virasse um motel a céu aberto.


Segundo o jornal "Telegraph", o conselho local emitiu uma ordem para que seis mil árvores fossem derrubadas, numa tentativa de inibir casais de usar a floresta como cenário de suas noites de amor.

Para justificar o desmatamento - duramente criticado por órgãos de defesa do meio ambiente -, o conselho disse que muitas das árvores da região estavam prestes a cair caso não fossem cortadas.

No entanto, policiais e a população local confirmam que o desmatamento foi feito para inibir os casais mais ousados.



Fonte: G1

terça-feira, 23 de março de 2010

EUA investirá em asfalto solar

O Departamento de Transportes dos EUA anunciou que pretende substituir o asfalto comum das rodovias do país por painéis solares, para reduzir o uso do petróleo e, ainda, produzir energia limpa.

terça-feira, 16 de março de 2010

Celular carregado com Energia Cinética

Recentemente, a Nokia registrou nos Estados Unidos uma patente de celular “movido” a energia cinética. Segundo a New Scientist, a patente registrada pela empresa descreve um celular que é carregado por meio do movimento do usuário.

O resumo da patente explica seu funcionamento desta forma: ”Em resposta à translação e/ou rotação do dispositivo, porções de forças induzidas pela massa da bateria se transferem aos elementos piezelétricos. A energia elétrica gerada é captada por um controlador e pode ser aplicada à bateria”.

”Os componentes mais pesados, como o transmissor, o circuito e a bateria, se posicionam em um suporte firme. O suporte se equilibra em dois conjuntos de trilhos que permitem movê-lo de cima para baixo e da direita para a esquerda. Faixas de cristais piezelétricos se localizam na extremidade de cada trilho e geram uma corrente quando são pressionados contra o suporte. Desta forma, quando o telefone se move, a energia gerada carrega um capacitor que transfere a carga para a bateria”, detalha a New Scientist.

O desenvolvimento deste produto segue uma tendência em crescimento nos últimos anos, o investimento em dispositivos independentes da rede elétrica, como os celulares solares. Mas dá um passo adiante, já que o aparelho sequer depende do Sol para ser carregado. Dispositivos como este poderiam ser interessantes para países em desenvolvimento com problemas de abastecimento de energia elétrica e também para países desenvolvidos.

O TreeHugger resume desta forma a nova criação da Nokia: "Uma patente como esta significa o princípio da exploração da energia cinética em aparelhos eletrônicos, integrados de forma real e tangível. Mas ainda deve levar um bom tempo até que possamos andar por aí com celulares que não precisem ser ligados na tomada ".

Fonte: Discovery

segunda-feira, 15 de março de 2010

Evento de Energias Renováveis

O evento será em Fortaleza - Ceará de 30 de junho a 02 de julho de 2010.

Para maiores informações, visite o site: www.allaboutenergy.com.br

domingo, 14 de março de 2010

Unicamp cria conversor para ligar painéis solares à rede elétrica

Geradores alternativos

Engenheiros da Unicamp criaram o primeiro conversor eletrônico brasileiro capaz de conectar painéis solares diretamente à rede elétrica, o que deverá inaugurar uma nova etapa no aproveitamento da energia solar no país.

O conversor eletrônico de potência trifásico tem um grau de eficiência de 85%. Os primeiros testes foram realizados entre dezembro e janeiro no Laboratório de Hidrogênio (LH2) da Unicamp, onde já funciona uma planta-piloto de geradores alternativos conectada à rede da CPFL Paulista.

De acordo com Ernesto Ruppert Filho, que desenvolveu o conversor juntamente com seu colega Marcelo Gradella Villalva, não se tem notícia até o momento de nenhum outro conversor eletrônico similar no Brasil.

Substituição de importações

O protótipo foi testado com êxito numa instalação de painéis solares com capacidade de 7,5 kW. "Este conversor substituiu plenamente, durante o período de testes, os três conversores eletrônicos monofásicos adquiridos da empresa alemã SMA, que estão atualmente ligados a esses painéis solares", afirmou o professor.

Diante dos resultados promissores, o próximo passo é buscar parceiros interessados na industrialização do conversor.

Ainda que o protótipo tenha consumido R$ 15 mil, os pesquisadores calculam que, em escala industrial de produção, o conversor poderá alcançar um custo final aproximado de R$ 10 mil.

"Existem alguns componentes que poderiam custar muito menos, caso já estivéssemos em escala industrial. Se compararmos o custo final de R$ 10 mil com o custo do conversor importado, isso significa uma redução de um terço. É realmente muito vantajoso nacionalizar essa tecnologia," assegurou o pesquisador.

Conversor de potência

Villalva explica que todas as fontes renováveis de energia necessitam de algum tipo de conversor eletrônico de potência para permitir o aproveitamento adequado da energia elétrica produzida.

Os painéis solares fotovoltaicos geram energia elétrica na forma de corrente contínua, diferente da rede elétrica, que possui corrente alternada. O papel do conversor é transformar a corrente da forma contínua para a alternada.

Não existem equipamentos nacionais com esta finalidade para uso com painéis fotovoltaicos, o que causa uma dependência de tecnologia importada, como é o caso dos conversores alemães instalados no LH2. "Por este motivo resolvemos desenvolver um equipamento nacional. Atingimos a eficiência de 85%, no entanto o objetivo agora é chegar aos 90% para alcançar a tecnologia alemã," diz Villalva.

Entraves para a energia solar

Além do elevado custo dos painéis solares fotovoltaicos, ainda não se criou no Brasil a cultura da geração distribuída de energia. "Isso não foi ainda devidamente regulamentado para pequenos produtores," afirma o pesquisador. Nos países mais avançados é possível ter em casa um painel solar e um conversor eletrônico gerando energia junto com a rede elétrica.

A tendência mundial aponta para o uso de geradores alternativos - sejam solares, a células de combustível ou mesmo biogás - em escala residencial. O eventual excesso de energia gerada, depois de suprida a demanda da própria residência, poderá ser comercializada com as concessionárias de energia.

O conversor agora fabricado na Unicamp oferece o suporte tecnológico para que essa realidade possa começar a ser construída no Brasil. "Se não tivermos um produto próprio com tecnologia nacional, vamos continuar importando dos Estados Unidos e da Alemanha. Portanto, o gargalo está na tecnologia cara dos painéis, na inexistência de um mercado que force o barateamento dessa tecnologia no país e, por último, a ausência de tecnologia nacional de conversores eletrônicos." garantiu Villalva.

Matriz energética limpa

Além disso, o pesquisador menciona a necessidade de uma política de incentivo às fontes alternativas de energia. Há diversos projetos de lei tramitando no Legislativo a esse respeito. Quando realmente aprovados, o Brasil terá condições de se tornar um país com uma matriz energética inteiramente à base de energia limpa.

"No estado atual, isso não existe. Existem pequenos projetos, porém isolados. Não há uma massificação da energia alternativa limpa e isso é uma coisa desejável porque dispomos de muito sol e vento", disse. A energia eólica no Brasil tampouco depende apenas do vento.

Em nível mundial, a líder em tecnologia na área de energia solar é a Alemanha, onde já estão instalados 6.500 MW de geração fotovoltaica, o que significa metade da energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. Com níveis de irradiação solar superiores aos da Alemanha, o Brasil ainda tem uma geração de energia solar praticamente desprezível em sua matriz energética.

O fato de ter energia hidráulica em abundância também tem contribuído muito para a falta de investimentos em usinas de geração solar e energia eólica. Em termos de meio ambiente, contudo, a energia solar é claramente superior. A hidroeletricidade, mesmo considerada limpa, inunda grandes áreas agricultáveis e tem forte impacto sobre as populações locais.

Geração distribuída de energia

Ruppert afirma que, na Europa e nos Estados Unidos, a utilização de geradores de energia elétrica conectados à rede secundária de distribuição por pequenos consumidores individuais já é uma realidade.

A tecnologia de pequenos conversores para painéis solares fotovoltaicos é amplamente empregada e divulgada nesses países. Consumidores são incentivados e subsidiados por agências governamentais para a instalação de sistemas de geração residenciais conectados à rede elétrica.

Painéis solares e conversores eletrônicos para a conexão com a rede são produtos facilmente encontrados no comércio e acessíveis ao grande público nos países desenvolvidos.

Além das vantagens para o usuário, que passa a gerar sua própria energia, módulos fotovoltaicos com pequenos conversores eletrônicos de potência descentralizam o processamento da energia, diminuem custos e reduzem o risco de todo o sistema elétrico.

Integração dos painéis solares nos edifícios

Pequenos conjuntos de geradores fotovoltaicos podem ser instalados em qualquer ambiente em que haja incidência de raios solares, sem demandar áreas específicas, podendo ocupar telhados ou paredes.

"A integração dos painéis solares com a arquitetura predial é hoje uma prática comum e que rende bons resultados estéticos, ambientais e econômicos, pela energia elétrica gerada e pela redução dos custos de construção. Os módulos fotovoltaicos podem ser utilizados como elementos de acabamento arquitetônico, tornando seu uso ainda mais interessante", disse Ruppert.

Esses módulos podem ser instalados em quaisquer tipos de construções, como residências, condomínios, escolas, creches, hospitais e outros locais públicos, uma vez que não há grandes restrições de espaço para instalação e não há emissão de ruídos, resíduos, ou qualquer tipo de poluição.

No caso brasileiro, o professor aponta que o melhor aproveitamento da energia solar depende basicamente de dois fatores. Primeiro, da regulamentação e da atitude do governo para abraçar a geração fotovoltaica. E, segundo, do interesse da iniciativa privada em fazer os investimentos.

Fonte: Jornal da Unicamp

terça-feira, 9 de março de 2010

Vão, pq não?! Eu vou!

Fonte:UFMG

O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB) abre as inscrições para o curso de extensão "Aprendendo a fabricar, montar e instalar seu Aquecedor Solar de Baixo Custo"

O curso aborda o processo de auto-construção e instalação do equipamento em residências.
O participante recebe um manual com o dimensionamento, materiais e ferramentas necessárias e técnicas de instalação.
Realização: dia 13/03/2010 de 09:00 às 16:00 horas.

Tópicos do curso: Introdução, noções de medida, dimensionamento, corte e colagem, montagem, posicionamento e inclinação dos coletores, manutenção do sistema.

O Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC) é um projeto da Sociedade do Sol, que tem sua sede no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas da Universidade de São Paulo (USP). Seu objetivo é possibilitar a disseminação da tecnologia de construção de um aquecedor solar de água, de 200 a 1.000 litros, destinado a substituir parcialmente a energia elétrica consumida por 36 milhões de famílias brasileiras usuárias do chuveiro elétrico, em casas e apartamentos.

As inscrições serão abertas do dia 08 ao dia 12 de março de 2010 e serão efetivadas após o envio do comprovante de pagamento (Guia de Recolhimento da União-GRU), no valor de R$ 50,00, para o fax nº 3409 7613, ou pessoalmente no Cenex do MHNJB.

Como Chegar:

Endereço: Rua Gustavo da Silveira, 1035, Santa Inês (em frente à estação de metrô Santa Inês).

Metrô: Descer na estação Santa Inês.
Ônibus: 1804, 4801A, 4802, 8001, 8802, 9105, 9205, 9207, 9550. A referência, é o SENAI.


Fonte:USP

segunda-feira, 8 de março de 2010

Conheça o maior navio solar do mundo

KIEL, Alemanha — O maior navio solar do mundo, segundo seus construtores, foi apresentado nesta quinta-feira em Kiel, norte da Alemanha. A embarcação fará uma viagem pela Europa este ano e a volta ao mundo em 2011.

"É um sentimento único ver concretizado, hoje, um sonho de tanto tempo", afirmou Raphael Domjan, idealizador do projeto e futuro capitão da embarcação, batizada de 'PlanerSolar'.

Com 30 metros de comprimento e 16 metros de largura, o navio está equipado com mais de 500 m² de painéis solares fotovoltaicos e será "limpo e silencioso", segundo a PlanetSolar, companhia responsável pela embarcação.

O navio poderá alcançar velocidade máxima de 15 nós (25 km/h) e terá capacidade para 50 pessoas.

Para a volta ao mundo, os futuros tripulantes planejam permanecer o maior tempo possível perto da linha do Equador para aproveitarem dias de sol mais longos.

A viagem de 40.000 quilômetros deverá durar 140 dias, atravessando o Oceano Atlântico, o Canal do Panamá, o Oceano Pacífico e o Oceano Índico, até passar pelo Canal de Suez para chegar ao Mar Mediterrâneo.

Fonte: AFP

quarta-feira, 3 de março de 2010

Circuito molecular transforma luz em eletricidade

Cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram um circuito molecular capaz de transformar luz em corrente elétrica utilizando os plasmons de superfície, pacotes de energia que flutuam sobre a superfície dos metais, em vez de viajar pelo seu interior. Os plasmons de superfície estão na crista da onda de uma série de pesquisas que estão criando a área da plasmônica, um campo emergente da tecnologia em nanoescala frequentemente chamado de "luz por meio de fios" - veja mais em Plasmônica: em busca da computação à velocidade da luz. Esta é a primeira vez que cientistas demonstraram a possibilidade de usar o fenômeno, que se verifica em nanoescala, para induzir o movimento de elétrons, produzindo eletricidade.

Aplicações

Em 2005, um outro grupo de cientistas há havia descoberto que há uma analogia entre fótons e elétrons. O fenômeno vem sendo explorado em diversas áreas. A descoberta da geração de eletricidade induzida pelos plasmons de superfície abre caminho não apenas para novas formas de transformar a luz do Sol em eletricidade, mas também de construir uma família inteiramente nova de componentes potencialmente substitutos dos atuais componentes eletrônicos, como os transistores, que poderiam ser acionados diretamente por luz, em vez de eletricidade.

O dispositivo consiste de um conjunto de moléculas de ouro enfileiradas, formando o que é conhecido tecnicamente como um transdutor, um dispositivo capaz de transformar um tipo de energia em outro.

Eletricidade induzida por plasmons

Ao receber as ondas eletromagnéticas - os fótons da luz, por exemplo - o dispositivo cria os plasmons de superfície, que por sua vez induzem uma corrente elétrica ao longo das moléculas, de forma similar ao que acontece nas células solares.

Células solares de ouro podem não soar como algo exatamente barato, mas cada uma das células é formada por apenas algumas moléculas de ouro. E, ao interagir diretamente com os fótons, elas funcionam de forma extremamente eficiente.

O sistema molecular de captura de energia poderia ser utilizado, por exemplo, para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos, como sensores, que passariam a funcionar sem a necessidade de baterias.

Armazenamento de dados em computadores

O circuito molecular também poderá ser útil em uma nova forma, mais flexível e poderosa, para o armazenamento de dados em computadores.

Nos computadores atuais, os dados são armazenados de forma binária, onde a presença ou ausência de carga elétrica, ou a direção de uma magnetização, representam os 0s e os 1s. Usando o novo dispositivo molecular, essas informações poderiam ser armazenadas na forma de comprimentos de onda da luz, com variações virtualmente infinitas.

Circuito molecular gerador de energia

O circuito molecular foi construído depositando nanopartículas fotossensíveis de ouro sobre uma base de vidro. Os pesquisadores ajustaram cuidadosamente os espaços entre as nanopartículas até que atingir uma distância ótima entre elas. A seguir, foi utilizada uma fonte de luz para excitar os elétrons condutores, chamados plasmons, fazendo-os surfar sobre a superfície das nanopartículas de ouro e focalizar a luz na junção onde as nanopartículas se interconectam.

O efeito plasmon aumenta a eficiência da produção de corrente elétrica na molécula por um fator que varia de 400 a 2000. Quando a radiação óptica excita os plasmons de superfície e as nanopartículas estão acopladas de forma otimizada, cria-se um forte campo eletromagnético entre as nanopartículas de ouro.

As nanopartículas então se acoplam, formando uma rota aberta entre dois eletrodos fixados nas duas extremidades do circuito molecular. Ou seja, os elétrons podem ser transportados dessa fábrica de eletricidade super eficiente para o mundo exterior, onde podem ser aproveitados de forma útil.

Antena óptica

O tamanho, o formato e a distância entre as partículas podem ser ajustados para que o circuito funcione com diversos comprimentos de onda. Quando os três parâmetros são ajustados para criar uma antena óptica "ressonante", os fatores de ganho do circuito superam a casa dos milhares. Além disso, os pesquisadores demonstraram que a magnitude da fotocondutividade das nanopartículas acopladas pelos plasmons de superfície pode ser ajustada independentemente das características ópticas da molécula utilizada, um resultado que tem implicações significativas para o desenvolvimento dos futuros dispositivos optoeletrônicos em nanoescala.

Da nanoescala para o uso prático

"Se a eficiência do sistema puder ser ampliada sem quaisquer limitações adicionais, que ainda não descobrimos, nós poderemos em tese fabricar circuitos moleculares com o diâmetro de um fio de cabelo e com vários centímetros de comprimento, que atingirão rendimentos na casa dos volts e dos amperes," diz Dawn Bonnell, que coordenou a pesquisa.

Como os diversos compostos moleculares apresentam propriedades ópticas e elétricas muito diversas, as estratégias usadas na fabricação e estudo deste circuito molecular poderão estabelecer os princípios para a fabricação de um novo conjunto de componentes nos quais as propriedades elétricas de moléculas individuais, propriedades estas controladas pelos plásmons de superfície, poderão ser ajustadas para diversas formas de captura de energia.