RIO - Começou a funcionar experimentalmente, no sábado, a ducha ecológica movida 100% a energia solar, na Praia de Ipanema, em frente à Rua Vinícius de Moraes. O sucesso foi imediato e os banhistas aproveitaram a manhã de sol para se divertir e admirar a inovação. O chuveiro foi instalado a partir de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Ambiente, responsável pelo deque de madeira reciclada, com 72 metros quadrados; a Blue Sol, que doou a ducha; e o Instituto-E, que adotou a ideia. A previsão é de que todo o conjunto seja inaugurado até a última semana do ano.
O engenheiro Allan Veríssimo, que vive nos Estados Unidos e veio ao Rio passar férias, achou a iniciativa interessante.
- Achei bem bacana. Deviam fazer mais e espalhar por toda a orla. Os chuveiros das barracas desperdiçam muita água, este evita justamente isso - elogia. A novidade
O invento funciona somente durante o dia, quando o tempo está aberto, e uma placa alerta que em dias nublados ou chuvosos a vazão de água diminui, devido a menor incidência do sol. Neste domingo os banhistas também puderem confirir o evento Transperformance, que fez das areias de Ipanema palco de uma performance teatral.
As estudantes Cecília Andrade e Vanessa Mattos também gostaram da ideia.
- É muito legal. A água está geladinha. Vamos aproveitar muito isso neste calor que faz no verão - comemora Cecília.
Revestido de madeira plástica e reciclada, o mirante terá uma escada de acesso à praia, feita do mesmo material. No entorno, serão plantadas 700 mudas de ipoméia. No total, serão investidos cerca de R$60 mil.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, acredita que o mirante será um ótimo ponto para que cariocas e turistas vejam o pôr do sol, conversem e aproveitem a ecoducha.
- O local também trará a vegetação que outrora havia ali com o plantio da vegetação de restinga. Assim, faremos a consolidação de tempos idos dos anos 40/50/60, numa das praias mais lindas do Rio e de frente ao monumento tão bonito que são as ilhas Cagarras.
Este é um projeto-piloto, e a intenção é, primeiramente, ver a receptividade do público e, em seguida, estudar a viabilidade de colocá-lo em outros pontos da orla.
O primeiro chuveiro solar instalado em uma praia carioca capta água do lençol freático através de uma bomba instalada a nove metros de profundidade. O sistema usado é o da fotovoltaica, que é a luz do sol convertida em energia elétrica. Esta fonte energética evita o aquecimento global, pois não emite carbono. Atualmente, os chuveirões instalados na praia são alimentados por bombas a diesel, gasolina e energia elétrica.
Fonte: OGLOBO
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