"Os ''empregos verdes'' já começaram a ser criados e são uma grande oportunidade, principalmente para países em desenvolvimento. É possível aprimorar o uso da economia para combater a pobreza", afirmou Sukhdev, que também coordena o estudo internacional Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), encomendado pelos grupo dos países desenvolvidos e emergentes (G8+5).
Outro país citado nesse levantamento como promissor para os empregos verdes é a China, onde 10% da população já utiliza aquecedores solares nas casas. Esse mercado da energia solar permitiu a criação de 600 mil empregos, além de reduzir as despesas residenciais com energia e a queima de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de gases causadores do efeito estufa.
Segundo Sukhdev, os investimentos mundiais no campo da economia verde aumentaram US$ 119 bilhões entre 2004 e 2009, o que contradiz, na sua avaliação, o argumento de que não existem recursos para projetos sustentáveis. "O financiamento é essencial, mas também precisamos de uma fase pré-financeira. Muitos bancos, por exemplo, não conhecem os mecanismos existentes para financiar tecnologias sustentáveis", disse.
O assessor especial do Pnuma alertou sobre a necessidade de se preservar a biodiversidade e o meio ambiente, sob o risco de comprometer a subsistência de comunidades e atividades econômicas baseadas na exploração da natureza. Dados do Pnuma indicam que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil dependem dos "serviços ambientais", termo utilizado para designar os serviços oriundos do equilíbrio dos ecossistemas, como a fertilidade dos solos e a qualidade das águas, essenciais para a agricultura. Na Índia e na Indonésia, esses índices são de 16% e 21% respectivamente.
Fonte: Agência Estado
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