sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Prédios verdes se tornam "febre"

VAI VIRAR SABÃO:
Green buildings geram renda extra para o condomínio com a venda de recicláveis extraídos da coleta seletiva e de resíduos de óleo de cozinha, transformados em sabão por cooperativas

Quero o teto verde!
Eles não passam de 20, surgiram em 2008 e são um grande sucesso comercial. Já abriram caminho para pelo menos outros sete, com entrega prevista entre meados de 2009 e 2010. A Setin, do Grupo Klabin Segall, diz ter vendido 1.200 apartamentos. “Eles estão distribuídos em seis condomínios no Ipiranga, Cambuci, Santana, Jardim da Saúde, Aeroporto e Barra Funda”, diz Antônio Setin, vice-presidente da empresa. A Ecoesfera só não vendeu as duas coberturas das duas torres inauguradas. Apesar de a obra custar 10% mais, o custo extra não é repassado ao comprador. O segredo? Linha de produção. Esses prédios são construídos em série, como carros.

Com carbon control ou sem?
Neutralize as emissões de CO2 ocorridas durante a construção do edifício, comprando créditos de carbono na Bolsa de Chicago. É essa a ideia por trás do carbon control, criado pela Stan Desenvolvimento Imobiliário. O Condomínio Praça Guedala, em construção no Morumbi, será o primeiro empreendimento paulistano a receber o selo. A partir dos inventários levantados, a construtora irá estudar alternativas para reduzir as emissões em suas próximas obras.

Poupar dinheiro e, por tabela, o planeta
condomínio 30% mais barato, graças ao menor consumo de água e de energia. O apelo de contenção de custos leva elementos sustentáveis aos prédios comuns. Neles já é possível encontrar sensores de presença, temporizadores em torneiras e placas de energia solar. “São soluções simples, que não exigem certificação ambiental”, diz Roberto de Souza, diretor do Centro de Tecnologia de Edificações. Itens mais sofisticados ainda são exclusivos de edifícios verdes. A Ecoesfera desenvolveu uma tubulação especial para as pias de cozinha, que conduz os resíduos de óleo a um tanque no subsolo. “Cooperativas transformam esse óleo de cozinha em biocombustível ou sabão”, diz Luiz Fernando Lucho do Valle, presidente da Ecoesfera e criador do sistema.

Fonte: ÉPOCA SÃO PAULO


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